sexta-feira, 22 de julho de 2016

PRELEÇÃO NO DESERTO

PRELEÇÃO NO DESERTO

Parece que falo no deserto,
Depois de muito lhe falar...
Somente há, aqui, solidão...
Depois de tanto lhe amar?

Melhor assim, não te encontrar.
Não vou te ver, não vou te amar...
Porque é grande a mentira!
Parece que falo no deserto...
E, às vezes, estou a gritar.

Insisto. Onde será que estás?
Não consigo te escutar!
Agora o encontrar é impossível.
Parece que estou a falar,
Perdido em um deserto...
Depois de tanto lhe chamar?

Sinto que depois de tanto gritar,
De tanto lhe chamar,
De tanto lhe amar,
De tanto chorar,
Continuo no deserto a te procurar.






Fim.
Alô em qualquer lugar,
Falo do deserto...
Ei, onde você está?

Está vendo aquele morro?
Morro de desassossegar?
Já subi 555 vezes...
Difícil é te encontrar!

De tanto não te ver passar,
De tanto que você não está,
De tanto e tanta solidão,
Eu vi o vento passar...
A nuven a se aninhar,.
O céu escurecer,
Os pássaros a sumir..
E, você não apareceu mais aqui!

É similar a própria solidão, mas é uma ilusão!
Você está aqui...
Mas, nunca em meu coração!


Terezinha Moutinho 08/04/13


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